“O golpe da balança: Quando a toga sangra, o Estado de Direito

No dia 28 de maio, o Brasil foi surpreendido com uma revelação perturbadora: a Operação Sisamnes da Polícia Federal desmantelou o grupo criminoso conhecido como “Comando C4”, especializado em espionar e planejar o assassinato de autoridades, incluindo ministros dos tribunais superiores. Utilizando drones e equipamentos profissionais de espionagem, o grupo tinha uma tabela de preços para a execução de magistrados, cobrando até R$ 250 mil pelo crime.

Esse evento não é isolado e expõe a vulnerabilidade enfrentada diariamente por juízes em todo o país. Infelizmente, os dados levantados pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com outros institutos revelam que metade dos juízes brasileiros já sofreram ameaças de morte ou à integridade física, sendo o país com o segundo maior índice na América Latina.

Apesar disso, o governo vetou o Projeto de Lei 4015/2023, que reconhecia a magistratura como atividade de risco, ignorando a necessidade de garantir segurança aos juízes que cumprem a Constituição. Essa decisão torna evidente a negação dos riscos e alertas já materializados pela realidade.

Além disso, a insegurança afeta a saúde dos magistrados, com 77% deles relatando níveis de estresse superiores ao início da carreira e mais da metade buscando atendimento médico devido às pressões do trabalho jurisdicional.

É essencial reconhecer a realidade e garantir a segurança dos juízes para preservar o Estado de Direito e evitar que criminosos atentem contra a democracia.

By Acontece em Canoas

Você pode gostar