Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde de quarta-feira (2), Carine Acardo Garcia, advogada de Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista envolvido no trágico acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, fez declarações enfáticas sobre o que considerou um “linchamento” contra seu cliente.
Carine enfatizou que a situação se transformou em uma suposta disputa de classes, algo que não deveria existir. Ela reiterou que o ocorrido foi uma fatalidade, afirmando que seu cliente não saiu de casa com a intenção de causar danos a alguém. Argumentou ainda que é incompreensível pensar que alguém planejaria um atropelamento fatal.
Fernando foi indiciado por homicídio com dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente. Carine ressaltou que a Justiça terá o papel de analisar as circunstâncias para determinar se houve ou não o dolo eventual.
Quanto à velocidade do Porsche no momento do acidente, a advogada admitiu que Fernando dirigia acima do limite permitido na via, mas destacou a falta de precisão nas informações, pois o laudo pericial ainda não estava disponível.
Sobre os relatos de embriaguez, Carine refutou, citando a alegação de seu cliente de que ele não havia consumido bebidas alcoólicas. Ela mencionou a ausência de relatos de sinais de embriaguez por parte dos policiais militares que estiveram presentes no local do acidente.
Questionada sobre a estratégia de defesa em relação à embriaguez, Carine afirmou que cabe ao Estado comprovar essa acusação e não ao réu provar sua inocência. Destacou que todos os aspectos serão devidamente investigados e que, se houver culpado, a justiça será feita.
Carine também mencionou ter tentado entrar em contato com a família da vítima, expressando consternação pela tragédia e afirmando o desejo de seu cliente em prestar assistência, mas respeitando o momento de luto da família, que pediu por um tempo de reflexão antes de qualquer contato mais direto.
