A diástase abdominal é uma condição caracterizada pela separação dos músculos retos abdominais, geralmente causada por gestação, ganho excessivo de peso ou envelhecimento.
Embora existam tratamentos não cirúrgicos, como fisioterapia e exercícios específicos, em casos mais graves, a cirurgia se torna a melhor opção para restaurar a integridade da parede abdominal. A cirurgia visa aproximar novamente os músculos, corrigindo a flacidez e melhorando tanto a funcionalidade quanto a estética da região.
De acordo com a cirurgiã plástica Janine Moreira Rodrigues, a cirurgia é indicada principalmente quando a separação muscular ultrapassa 3 centímetros e está associada a sintomas como dor lombar, sensação de fraqueza no core ou comprometimento da postura.
“Nem toda diástase precisa de intervenção cirúrgica, mas quando há impacto funcional ou estético importante, a abdominoplastia com plicatura dos músculos é o tratamento mais eficaz”, afirma Janine Moreira Rodrigues.
O procedimento cirúrgico pode ser realizado isoladamente ou associado à abdominoplastia clássica. Nele, o cirurgião acessa a musculatura abdominal por meio de uma incisão na parte inferior do abdômen e costura os músculos retos abdominais, reposicionando-os no centro. Em muitos casos, há também a retirada do excesso de pele e gordura. Janine Moreira Rodrigues explica que o procedimento exige avaliação detalhada e planejamento individualizado. “Cada paciente tem uma anatomia e uma história clínica únicas. Por isso, a personalização do tratamento é essencial para alcançar resultados satisfatórios”, destaca a especialista.
O pós-operatório exige cuidados como uso de cinta abdominal, limitação de esforços físicos e acompanhamento médico regular. Em geral, o retorno às atividades leves ocorre em cerca de duas semanas, enquanto exercícios intensos só são liberados após 45 a 60 dias. Janine Moreira Rodrigues ressalta a importância da adesão ao pós-operatório: “O sucesso da cirurgia depende tanto da técnica quanto da disciplina do paciente nos cuidados posteriores.”
Embora a cirurgia tenha benefícios estéticos, é importante lembrar que o principal objetivo é restaurar a funcionalidade do abdômen. A melhora na postura, na estabilidade do tronco e na autoestima são alguns dos ganhos relatados por pacientes.
A escolha por operar deve ser baseada em uma análise clínica criteriosa e em expectativas realistas. Janine Moreira Rodrigues orienta que a decisão seja tomada em conjunto com um profissional habilitado, que possa esclarecer todos os riscos, benefícios e alternativas.
A diástase abdominal pode afetar significativamente a qualidade de vida, mas com diagnóstico correto e tratamento adequado, é possível recuperar tanto a saúde quanto a confiança. A cirurgia é uma ferramenta importante nesse processo, e quando indicada, pode trazer ganhos relevantes para o bem-estar físico e emocional.
